É inegável que nos últimos anos o número de mulheres no mercado de trabalho aumentou, seja ocupando grandes cargos, empreendendo ou até mesmo investindo. Apesar dessa crescente, as oportunidades no mercado de trabalho ainda não são iguais. É alarmante a desigualdade entre homens e mulheres, principalmente no ambiente corporativo.
Em estudo realizado pela Talenses e Insper, chamado Panorama Mulher 2019, indicou-se que, em média, 25% das mulheres que trabalham em meios empresariais estão em posição de liderança no Brasil. No mundo, são 29% (Women in Business 2019, Grand Thornton). De acordo com referências como ONU Mulheres e OIT, ainda que haja uma melhora na proporção, ela não reflete um início de paridade de gênero, pois ainda se insiste em muitos problemas estruturais que ocasionam a submissão do gênero feminino. E, mesmo com mais mulheres em cargos de liderança, levaríamos cerca de 202 anos para eliminar totalmente a desigualdade de gênero na economia mundial (Global Gender Gap Report 2018).
O estudo Panorama Mulher 2019 esclarece que uma mulher em cargo de presidência impacta diretamente na estrutura corporativa, aumentando 2,5 vezes a possibilidade de ter mulheres na liderança e em 4 vezes nos cargos do conselho. “Empresas que assumem um compromisso formal com o empoderamento das mulheres e a igualdade de gênero possuem uma probabilidade 23% maior de uma mulher assumir a vice-presidência”, diz o estudo.
“Inclusão e diversidade implicam em promover contribuições diversas, significa acreditar no poder da contribuição que indivíduos de diferentes backgrounds (origem social, raça, gênero, orientação sexual, idade, religião ou deficiência) trazem para o negócio. A cultura inclusiva é um desafio diário e uma provocação que temos que fazer com toda a liderança para que, um dia, isso seja natural e genuíno.” (Raquel Zagui, VP de RH da Heineken Brasil).
Para orientar empresas na implementação de ações para a equidade de gêneros e ainda, para fortalecer seus negócios inovando sua cultura na gestão de lideranças, a ONU Mulheres Brasil juntamente com o Pacto Global criou os “Princípios para o Empoderamento das Mulheres (Women Empowerment Principles, WEPs). São eles:
- Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero, no mais alto nível.
- Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação.
- Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa.
- Promover educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres.
- Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing.
- Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social.
- Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da igualdade de gênero.
Para o CEO da Talenses Group, Luiz Valente, “o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária é possível por meio das oportunidades no mercado de trabalho. E, certamente, somente com as organizações mais diversas e o empoderamento das mulheres podemos alcançar a equidade de gênero. E não tenham dúvidas, esse também é o caminho para mais e melhores negócios.”
Confira o estudo completo clicando aqui.